Os objetos de meditação

Em geral, qualquer objeto virtuoso pode ser usado como um objeto de meditação.

Se descobrirmos que, familiarizando nossa mente com um determinado objeto, ela se torna mais serena e virtuosa, isto indica que, para nós, aquele objeto é virtuoso. Se o oposto acontecer, saberemos que, para nós, aquele objeto é não virtuoso. Muitos objetos são neutros e não têm efeito positivo nem negativo sobre nossa mente.

Existem muitos objetos virtuosos de meditação, mas os mais significativos são os objetos das vinte e uma meditações, desde a meditação de confiar em um Guia Espiritual até a meditação na vacuidade, a natureza última dos fenômenos. Explicações de cada uma delas podem ser encontradas no Novo Manual de Meditação.

Confiando em um Guia Espiritual qualificado abrimos a porta para praticar o Dharma. Por meio das bênçãos de nosso Guia Espiritual, geramos fé e confiança em nossa prática, e facilmente alcançamos todas as realizações das etapas do caminho. Por essas razões, precisamos meditar em confiar em um Guia Espiritual.

Precisamos meditar em nossa preciosa vida humana para perceber que agora temos uma oportunidade especial de praticar o Dharma. Se apreciarmos o grande potencial desta vida, não o desperdiçaremos nos engajando em atividades sem sentido.

Precisamos meditar sobre a morte e a impermanência para superar a procrastinação e garantir que nossa prática do Dharma seja pura, superando nossa preocupação com as preocupações mundanas. Se praticarmos o Dharma puramente, não será muito difícil obter realizações.

Meditando sobre o perigo de um renascimento inferior, refugiando-nos sinceramente e evitando a não virtude e praticando a virtude, protegemo-nos de renascimentos inferiores e garantimos que, vida após vida, obteremos um precioso renascimento humano dotado de todas as condições conducentes ao prática do Dharma.

Precisamos meditar sobre os sofrimentos dos humanos e deuses para que desenvolvamos um desejo espontâneo de alcançar a liberação permanente, ou nirvana. Este desejo, conhecido como "renúncia", nos encoraja fortemente a completar a prática dos caminhos espirituais, que são os métodos reais para alcançar a plena libertação.

Precisamos meditar sobre amor, compaixão e bodhichitta para que possamos superar nosso autoapreço e desenvolver e manter um bom coração para com todos os seres vivos.

Com esse bom coração, precisamos meditar no tranquilo permanecer e na visão superior para erradicarmos nossa ignorância e finalmente nos tornarmos um Buda, abandonando os dois tipos de obstrução.